O propósito do blog

Propósito do blog

Este blog foi criado com o propósito de divulgar a minha síntese acerca do que venho digerindo sobre a Vida.

A compreensão dessas vivências tem sido auxiliada com o instrumental da Filosofia e da Conscienciologia.

Ao escrever, a intenção é colaborar, ampliar e esclarecer, o mínimo que seja, a percepção daqueles que tiverem contato com o Blog, acerca da finalidade da nossa existência, da nossa vida, do quem somos e o nosso papel no mundo.

Nossa inclinação natural para buscar uma resposta sobre questões fundamentais, exige uma busca interna profunda, pois não há uma resposta pronta.

Creio ser interessante demonstrar neste momento, minha trajetória, cotejando assim, com o desenvolvimento do meu conhecimento e das premissas que assumo.

Trajetória

Durante minha trajetória de vida, a minha inclinação natural de buscar este tipo de saber vem desde a infância; sempre houve uma sede para compreender a vida, o destino e a finalidade da totalidade das coisas.

Contato com a Filosofia

Busquei na Filosofia um pouco de saciedade, e comecei a encontrar, nas palavras de grandes mestres, sentido para aquilo que eu buscava, coadunando com aquilo que de certo modo já estava dentro de mim.

Engraçado notar que dentro de mim, já havia um certo filtro para classificar o que era mais próximo Verdade, do que era distante da Verdade; cabe aqui dizer, que, por Verdade, não me refiro à questões Teológicas, mas questões Ontológicas, da vida, do Ser, da existência, da finalidade da Vida, de nossa origem e de nosso destino.

Nesse caminho, percebi que há duas formas de Filosofar:

  1. Um desses modos se dá pela busca incansável da Verdade, abrindo mão de certo rigor, e buscando, dentro de cada uma das tradições, aquilo que há de comum e valoroso; afinal, um olhar aguçado, do amante da Sabedoria, autenticamente universalista, é capaz de encontrar pérolas da Verdade e da Sabedoria em todos os discursos, épocas, lugares e culturas, discernindo aquilo que é bom e valioso, daquilo que é efêmero e descartável; aqui é muito no sentido de sabedoria perene; quantos sábios já não tivemos contato, que nunca tiveram instrução formal nenhuma, que carregam dentro de si uma bagagem, uma intuição acerca da Vida extremamente rica e profunda.

  2. O outro modo, é o rigor metodológico, de contrapor visões, localizar tradições, categorizar, classificar, dissecar e discernir discursos de acordo com sua origem filosófica; não ser anacrônico; compreender o desenvolvimento de um pensar filosófico e suas consequências em termos de conhecimento; compreender as implicações e robustez de um sistema filosófico; aqui entra o papel da academia, de grandes sintetizadores e historiadores da filosofia.

Tenho a firme convicção de que utilizar o primeiro modo, com auxílio do segundo, deve ser o instrumental daquele que ama a Verdade e a Sabedoria. Neste blog, fundamentalmente, o sentido é o primeiro, porém, não abrirei mão do rigor do estudo e da classificação, buscando evidenciar diferenças, para que o conteúdo fique digerível e não se transforme em uma salada de fruta anacrônica para aqueles que já tem um certo conhecimento e bagagem acerca das tradições filosóficas.

A busca

No início dessa busca, encontrei diversos grupos que tinham certa fluidez para responder questões fundamentais da vida, porém, no núcleo de seu pensamento, havia uma mistura indigesta de temas emprestados da Filosofia; conceitos como Ser, Virtude, finalidade, felicidade eram comumente utilizados, porém, com uma formatação mal casada, cujo aquele que tem uma sensibilidade acerca de verdades fundamentais, fareja uma incompatibilidade de trazer para si, como propósito de vida, o direcionamento dado para a finalidade proposta por tais grupos.

Atualmente, é muito disseminado que a descoberta de si mesmo na instância do Ser, deve ser acompanhada de busca por prosperidade, riqueza e abundância. Evidentemente, isso é pequeno, perto do que a Vida representa, acerca do que somos e o motivo de estarmos aqui, vivendo; afinal, qual grande mestre de Sabedoria, falou em autodescoberta com a finalidade de prosperidade e riqueza material? Eu me perguntei, afinal, o propósito da vida humana, é se descobrir enquanto algo que É, que permanece, para depois utilizar isso para canalizar riqueza e prosperidade material?

Não quero ser hipócrita, dizendo que abro mão do trabalho para conquistar algo, porém, isso está em um espaço muito bem localizado na minha vida e nas minhas prioridades. Quando me volto para Verdades fundamentais, como a finalidade da vida, propósito de existência, toda questão material fica pequena demais perto da quantidade de camadas que a vida é capaz de nos fornecer. Essa é a minha tese.

Dentro de mim, ao tentar assimilar esse conteúdo, havia uma indigestão. Afinal, nada do que é verdadeiramente teu, pode ser tirado de ti, e se pode, é porque não é teu, mas uma máscara, algo que passa; por que buscar fora de ti, o que apenas se encontra dentro?

Assimilando e assentando muito bem a tese de que a mensagem desses grupos não era para mim, voltei a atenção para tradições clássicas da Filosofia, Platônica, Neoplatônica e Aristotélica, além de me matricular para bacharel em Filosofia.

Começou a desabrochar dentro de mim um senso de totalidade, de unidade e finalidade para todas as coisas que existem; tudo começou a fazer muito sentido e comecei a encontrar uma referência, interna, para nortear minhas ações e aquilo que faria no mundo.

A conscienciologia

No decorrer dessa busca, em 2022, estava dormindo, e de repente senti meu corpo vibrar muito, e tive a sensação de estar sendo ejetado para fora do corpo físico; percebi que estava um pouco longe da cama, estando fora do corpo físico.
A partir desse dia, começaram diversas ocorrências de sair do corpo físico, percebendo a separação entre o corpo físico e o psicossoma (corpo astral); comecei a aprender a controlar o processo, dedicando-me a pesquisar e entender como funcionava essa separação e a saída do corpo físico. Tive um senso profundo de conexão comigo mesmo, de que eu não me resumo a esta vida, que possuo um longo trilhar multimilenar que carrego dentro de mim.

A partir daí, tive uma grande virada de chave na minha vida, onde comecei a dar valor ao que era dito por muitas tradições, quer seja Hinduísta, Budista, Neo platônicas , Ocultistas, Teosofistas, acerca do que existia além do corpo físico e do mundo percebido pelos 5 sentidos.

A sensação dentro de mim, de que o mundo não se resumia à matéria e aos 5 sentidos, sempre foi muito latente, porém, a partir dessa experiência, o que era em potência, se tornou em ato, e pude vislumbrar, com minha própria percepção, o que estava além deste mundo físico.

Comecei a beber profundamente da sabedoria Neo Platônica e suas ramificações, além de toda literatura Ocultista do século XIX e XX.

Tudo começou a fazer muito sentido, e comecei a ter outras percepções, além dos 5 sentidos, o que chamamos de parapsiquismo.

Começou uma gama de percepções para além do corpo físico e experiências fora do corpo físico; no fundo, eu sentia que ainda faltava algo, e pesquisando, encontrei algo chamado Conscienciologia.

No primeiro contato, senti uma profunda ligação, como se eu já conhecesse aquilo, e pensei: encontrei o que estava procurando!

Nesse momento, eu comecei a aprender a estabelecer o local e o papel da Filosofia em relação à Conscienciologia, da mesma forma o lugar das tradições místicas e ocultistas.

Mergulhei nas práticas de introspecção, projeção da fora do corpo físico e domínio sobre os corpos, afinal, temos outros corpos além do corpo físico (para quem não conhece esses temas, dedicarei postagens específicas para desenvolver e explicar essas ideias e conceitos).

As premissas que assumo

Dessa forma, assumo que:

  1. Essa não é a nossa única vida, já tivemos vidas antes desta e teremos outras; nossa história é multimilenar, apenas não nos lembramos, por limitação do corpo físico e incapacidade de dominar os corpos.
  2. Não possuímos apenas o corpo físico, somos compostos de corpo energético, psicossoma (corpo astral) e corpo mental.
  3. Não somos nenhum de nossos corpos, somos a Consciência (Ego, Self, Espírito), que os utiliza para se manifestar no mundo.
  4. A morte física é apenas o descarte do corpo físico.
  5. As nossas ações devem sempre visar o Bem (Cosmoética)
  6. Evoluir, pressupõe-se, agir de maneira Cosmoética.

Aos filósofos

Assumindo essas verdades, cabe aqui dizer, aos Filósofos, que não deixarei de dialogar esses temas disputados, com o instrumental e rigor que a Filosofia exige, no âmbito da Metafísica, para defender tais posições, da forma que deve ser.

Por exemplo, se você é da tradição Aristotélica, e consequentemente assume as posições de Tomás de Aquino, se oporá ao conceito de múltiplas vidas, apegando-se ao conceito metafísico de hilemorfismo, desenvolvido por Aristóteles e aprimorado por Tomás, contestando minhas afirmativas, apegando-se na “impossibilidade metafísica” das coisas serem como afirmo.

Se você vem de uma tradição com inclinações mais empiristas, contesta afirmando que não há experiência acerca dessa instância da realidade, sendo impossível realizar afirmações e construir conhecimento acerca disso; também buscarei dialogar com essa tradição, evidenciando os fundamentos epistemológicos e quais os níveis de percepção objetiva que podemos ter, além dos sentidos físicos.

Pretendo realizar esse diálogo com as tradições, realistas, racionalistas, empiristas, naturalistas; do qual temos as platônicas, neoplatônicas, aristotélicas, ocultistas, entre tantas outras.

Por outro lado, pretendo dialogar com a sabedoria perene de todas tradições, utilizando a Filosofia como meio prático de viver, se localizar, e encontrar o sentido de toda existência. Procurando aguçar o olhar do leitor, para a vida, criando um senso de unidade, onde a referência é sempre interna, auxiliando-o a compreender o âmbito do Ser, grande sustentáculo da vida; desse modo, poderá localizar o justo e o injusto, o bem e o mal, a Verdade e a mentira, encontrando assim, a sabedoria e a aparente sabedoria em qualquer discurso e em qualquer cultura.

Aos conscienciólogos

Cabe também dizer, à comunidade conscienciológica, que defenderei o papel da filosofia, como um importante instrumento de depuração da realidade e fundamento de qualquer ciência. Pretendo, localizar com precisão, o papel da filosofia, como instrumento de ampliação de compreensão da neo ciência conscienciologia, definindo suas bases epistemológicas e metafísicas, quando contrapostas com outras ciências e tradições filosóficas; creio ser fundamental sustentar com rigor, as premissas filosóficas da conscienciologia.

Tão importante quanto dissecar a etimologia de termos, ferramenta tão usada pela Conscienciologia, é localizar, as premissas filosóficas que há por trás do holopensene do termo; dessa forma, somos capazes de ampliar a cognição acerca do tema estudado.

Uma boa ciência, autoconsciente de suas bases filosóficas, se desenvolve de maneira exponencial.

Aos Teólogos e religiosos

Não é minha intenção, atacar pessoalmente qualquer pessoa que possui seu paradigma sustentado em uma Teologia de revelação, quer seja da vertente protestante, quer seja da vertente católica, ou de qualquer outra religião. Cada um é livre para assumir um conjunto de premissas e formar seu paradigma vigente. Tenho familiares, amigos e pessoas que amo profundamente, que possuem seu paradigma totalmente baseado nessas concepções religiosas.

É extremamente importante conviver com o binômio admiração-discordância, afinal, a pegada de um amante da sabedoria deve ser leve.

Porém, devo ser coerente com aquilo que acredito, defender veemente e expor as descobertas para qual minha inclinação interna é direcionada; afinal, creio que o esclarecimento da realidade e do nosso destino, liberta, e é meu papel, expor e esclarecer aqueles que se sentirem interessados, com base nos meus termos.

Meu paradigma bate de frente com os fundamentos de qualquer teologia, já que assume premissas totalmente distintas.

Devo deixar claro, que a Bíblia, não serve de fundamento da minha vida, e concepções escatológicas, de salvação, de um Deus pessoal, de Jesus, não são conclusões ou premissas das quais utilizo ou muito menos concordo.

Creio ser um âmbito de difícil discussão, no meu caso, já que para haver debate, ao menos a premissa deve ser a mesma; é possível dois teólogos discutirem suas vertentes, tendo em vista que defendem a mesma premissa, acerca de uma revelação bíblica. No meu caso, a Bíblia, é apenas mais um conjunto de textos, cuja exposição é a materialização de uma tradição de sabedoria, assim como o Alcorão, os Vedas, o Bhagavad Gita, e por aí vai.

Meu interesse na Bíblia, enquanto estudante de filosofia e interessado em estudos místicos, que se relacionem com meus temas de estudo, dentro da conscienciologia, tem como foco, a Cabala, o Gnosticismo, a Teosofia Cristã, o Neoplatonismo, e todas as tradições esotéricas que tem uma interpretação extremamente diferente, dos textos ditos sagrados.

A minha inclinação é compreender que há uma Teosofia Perene, que se materializa em formas distintas, como no caso das distintas religiões, como expressões da mesma verdade, que levam o homem a compreender o mesmo fundamento.

Não havendo concordância sobre a premissa maior de um argumento, não há o que se falar em discussão e desenvolvimento de conhecimento, que se sustenta em suas premissas.

Dessa forma, não discutirei diretamente temas da Teologia, que possui como premissa uma revelação e certa linha de interpretação dos textos.

Pensei ser importante este tópico, pois, as verdades que defendo, anulam completamente qualquer verdade pressupostas pela Teologia, em âmbitos escatológicos, divinos, criacionistas ou de revelação.

Aos céticos

Entendo ser difícil, para os céticos, aceitarem afirmações como: “finalidade última da vida”, “parapsiquismo”, “múltiplas vidas”, “renascimento”, “Verdade”, “Ser” , “Metafísica”.

Porém, pretendo também, evidenciar que, é possível, construir conhecimento de verdade com a autoexperimentação, norteada no parapsiquismo, de percepções objetivas, de realidades que estão além do mundo físico, que podem ser utilizadas para construir conhecimento sólido.

É extremamente palpável e acessível a qualquer um, que tenha uma determinada disciplina, sentir seu corpo energético e seus chakras, ter uma experiência fora do corpo físico e atingir autopercepção insofismável acerca dessa realidade.

Fora do campo da autoexperimentação, há uma inclinação para buscar respostas sobre questões fundamentais, e perceber que existem, dentro de nós, todas as respostas; é estranho utilizar essa argumentação para quem não está acostumado, mas há, uma intuição profunda, dentro de cada de um nós, de que a Vida é extremamente profunda e que há um significado final para tudo isso. Muitos podem argumentar que isso é uma necessidade de autopreservação biológica, porém, alinhando essa sensação à autoexperimentação, para além dos sentidos físicos (parapsiquismo), é possível encontrar respostas palpáveis sobre tudo isso.

A todos

Fundamentalmente, o Blog, busca trazer ao leitor, a compreensão da Vida, com o instrumental da Filosofia e da Conscienciologia.

Se não está claro o papel da Filosofia ou o que é Conscienciologia, espero, no decorrer da existência deste Blog, esclarecer o leitor e aproximá-lo desse maravilhoso instrumento de compreensão da realidade e de si mesmo.

O foco é compreender o motivo da nossa existência, sem abrir mão do diálogo com outras tradições, com o instrumental e rigor necessários.

É possível compreender a finalidade da vida e que a morte é apenas o descarte do corpo físico, abrindo mão da teologia e de verdades supostamente reveladas por um ser divino; e que, é necessário, fundamentalmente, relembrar quem somos, chegar até o núcleo de quem somos, apenas com autoexperimentação.

Procurarei demonstrar, que a nossa vida tem de ser expressão de uma síntese de toda nossa sabedoria multimilenar. É extremamente importante, deixar no mundo a nossa sabedoria, para que outros possam se localizar no mundo e descobrirem que eles são.

As pessoas buscam aquilo que seu estado de espírito necessita, e aquilo que há disponível, por muitas vezes, não sacia a sede de Verdade. A sua síntese, pode ser exatamente a medida que o outro precisa.

Esse blog, será para expor a minha síntese, a síntese daquilo que eu Sou, daquilo que trouxe da minha trajetória, daquilo que carrego comigo há milênios.

E a todos que passaram e passarão por minha vida, obrigado por compartilhar aquilo que vocês são! Isso foi fundamental para meu crescimento, no auxílio desse processo de digerir a vida e construir a minha síntese.









Deixe o seu comentário